Equidade de gênero | Personagens masculinos possuem mais diálogos do que as femininas

Um novo estudo no mundo dos videogames revela uma curiosidade sobre equidade de gênero: Entre 50 jogos de RPG analisados, personagens masculinos tem quase o dobro de diálogos do que personagens femininas, chocando um total de zero pessoas.

O estudo, Gender Bias in Video Game Dialogue,” foi publicado no último dia 24 de maio e liderado pela Dra. Stephanie Rennick, uma pesquisadora da Universidade de Glasgow, que contou com a contribuição do Dr. Seán Roberts, professor na Universidade de Cardiff. Este é um dos primeiros estudos em larga escala sobre a desigualdade de gênero e conta com jogos desde Final Fantasy XIII até Kingdom Hearts, Star Wars: Knights of the Old Republic e muito mais. O estudo descobriu que dentre todos os jogos estudados, quase 95% tinha mais diálogos de personagens masculinos do que femininos, inclusive em jogos onde existem protagonistas mulheres ou elas fazem parte da trama central, como é o caso de Final Fantasy X-2.

Quando falamos de personagens secundários, o resultado não é muito diferente, já que personagens femininas também possuem menos diálogos do que os personagens masculinos. Um dos exemplos citados é o de Elder Scrolls IV: Oblivion, onde existem mais de 700 mil palavras de diálogo, e personagens femininas secundárias geralmente transmitem a mesma emoção nos diálogos, enquanto os personagens masculinos secundários possuem linhas de diálogo únicas e emoções mais complexas nos padrões de falas.

O estudo mostra que entre 1986 e 2020, os diálogos femininos cresceram cerca de 6.3% por década, e caso essa tendência continue, a igualdade de gênero só seria atingida em 2036. Um dos jogos que teve um bom desempenho nos diálogos femininos foi Lightning Returns: Final Fantasy XIII, mas em compensação outros 28 jogos do estudo tiveram diálogos femininos significativamente menores.

Ah, e não para por aí… Quando os dados foram comparados, os pesquisadores descobriram que apenas 30 de 13 mil personagens eram não-binário ou queer! Bem, certamente hoje em dia temos mais representatividade nos games, mas esse estudo nos mostra que ainda temos um longo caminho pela frente, certo?

Fonte: Kotaku Austrália

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Me chama! (No intuito de não ir)

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