Review | Diablo IV: Vessel of Hatred
Diablo sempre fez parte da minha vida. Desde criança, cresci explorando as profundezas dos dungeons, enfrentando demônios e aprendendo sobre o universo dos jogos da franquia. Ver como Diablo evoluiu e se tornou uma das principais franquias do mundo dos games é gratificante. O impacto que a franquia teve na minha jornada como jogador é algo que carrego com carinho, e é emocionante ver a Blizzard continuar a expandir esse legado com tanto respeito ao material original.
Brasil Game Show 2024: Uma Experiência Única e Imersiva
Nos dias 9 e 10 de outubro, tive o privilégio de estar na Brasil Game Show (BGS) e visitar o estande de Diablo IV, que promovia a nova expansão Vessel of Hatred. Sem dúvida, era um dos estandes mais bonitos da BGS, destacando-se pelo capricho nos detalhes e pela ambientação imersiva que transportava os visitantes para o mundo sombrio de Santuário. Sempre acompanho as campanhas de divulgação de Diablo IV e fico impressionado com a criatividade da Blizzard nas ativações de marketing. Lembro, por exemplo, de uma ativação memorável que ocorreu em uma igreja, onde streamers jogaram Diablo IV dentro do local, criando uma atmosfera única que misturava o ambiente sagrado com a narrativa do jogo. Essas campanhas mostram um cuidado especial em cativar a comunidade de jogadores.
Vessel of Hatred: Uma Mistura de Entusiasmo e Ressalvas
A nova expansão Vessel of Hatred é repleta de aspectos positivos que empolgam os jogadores, mas também apresenta algumas limitações que precisam ser abordadas. O design da nova região de Nahantu é um dos grandes destaques, com uma ambientação muito bem trabalhada que combina uma natureza exuberante com ruínas antigas, proporcionando um senso de exploração e mistério que é muito característico do universo de Diablo. Além disso, a dublagem em português brasileiro e a trilha sonora contribui significativamente para criar uma atmosfera sombria e envolvente, ajudando a manter os jogadores imersos durante toda a campanha.
A exploração dentro da região de Nahantu é um dos pontos mais interessantes da DLC. Você vai querer se aventurar e explorar cada canto do mapa. A adição de atividades endgame, como a Cidade Subterrânea de Kurast e a Cidadela Sombria, também expande o conteúdo disponível, garantindo mais desafios para os jogadores que gostam de testar suas habilidades após concluírem a história principal.
No entanto, nem tudo é perfeito em Vessel of Hatred. A narrativa principal, apesar de interessante, não consegue manter o mesmo nível de impacto da campanha original de Diablo IV. A presença de um gancho pode frustrar aqueles que esperavam por uma conclusão mais satisfatória. Além disso, a necessidade de se engajar em atividades cooperativas para acessar parte do conteúdo pode ser um obstáculo para jogadores que preferem uma experiência solo, limitando um pouco a liberdade que muitos apreciam na franquia.
Natispírito: Uma Classe Conectada à Natureza
O Natispírito é uma adição incrível ao jogo, trazendo habilidades que mesclam o controle de animais espirituais como o Jaguar, Gorila, Águia e Centopeia, cada um com características que adicionam uma versatilidade e dinamismo únicos ao combate.
- Jaguar: O poder do Jaguar é focado em ataques rápidos e furtivos. O Natispírito pode invocar a essência do Jaguar para se mover com agilidade pelo campo de batalha, desferindo golpes críticos contra os inimigos.
- Gorila: O Gorila traz força bruta ao Natispírito, permitindo que ele execute ataques devastadores que causam grande dano em área. Além disso, o Gorila fornece uma camada extra de defesa, permitindo ao jogador suportar mais dano enquanto luta.
- Águia: A Águia concede ao Natispírito habilidades que permitem ataques à distância, criando uma vantagem estratégica em combates contra inimigos que preferem o corpo a corpo.
- Centopeia: A Centopeia é responsável por habilidades de controle e envenenamento. Ela permite que o Natispírito cause efeitos debilitantes nos inimigos, como veneno e lentidão, tornando-os mais vulneráveis aos ataques subsequentes.
A jogabilidade é bastante fluida, e é visível como a Blizzard se empenhou em tornar essa classe uma das mais divertidas de se jogar. A inspiração em personagens como o Druida traz um toque muito especial para a franquia que certamente os jogadores vão apreciar.
Campanha e conteúdo pós-jogo: Pontos Fortes e Fracos
Contudo, Vessel of Hatred também tem seus pontos fracos. A campanha é relativamente curta, com duração entre 10 e 15 horas, e termina com um gancho que deixa um gostinho amargo de inacabado. O enredo tenta amarrar elementos soltos da história principal de Diablo IV, mas acaba não alcançando todo o potencial que prometia, principalmente quando comparado à presença marcante de Lilith na campanha original.
Apesar disso, o sistema de Mercenários introduzido é um ponto alto da expansão. Eles não são apenas companheiros para combate, mas também personagens com histórias próprias e habilidades que se complementam bem com o protagonista. Esse elemento traz uma nova camada de estratégia e personalização que é muito bem-vinda.
Conclusão: O Espírito de Diablo Continua Vivo
Vessel of Hatred pode não ser a expansão mais revolucionária da franquia, mas é um pacote sólido que expande as possibilidades para os jogadores e mantém o espírito de Diablo vivo. A Blizzard acertou ao trazer uma nova classe divertida e cativante, além de acrescentar uma região rica em detalhes. Mesmo com alguns pontos a serem aprimorados, especialmente no que diz respeito ao equilíbrio do jogo e ao fechamento da narrativa, a expansão oferece momentos intensos e combates emocionantes que fazem valer a pena o tempo investido.
[Nota do Editor: Diablo IV: Vessel of Hatred foi analisado a partir da sua versão para o Xbox Series X. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Theo Games para avaliação.]