Review | Infinity Nikki
O quinto título da franquia Nikki chegou para dominar o mundo. Se antes você nunca havia ouvido falar da franquia, agora com certeza já viu alguma coisa sobre Infinity Nikki, da Infold Games que chega para PC, PlayStation 5 e mobile nesta quinta-feira dia 5 de dezembro. O jogo é tido como uma aventura aconchegante de mundo aberto e traz Nikki, a estilista protagonista, em busca de seus “Looks Milagrosos”, roupas especiais que garantem novas e mágicas habilidades a ela. Será que essa magia também vai conquistar você?
Diferentemente de seus predecessores que eram jogos mais focados em moda, Infinity Nikki combina elementos de RPG de mundo aberto, quebra-cabeças e mecânicas de vestuário, oferecendo uma experiência nova na serie. Aqui você assume o papel da protagonista Nikki que, com seu companheiro felino Momo, são transportados para as nações fantásticas de Milagros após utilizarem um vestido misterioso. Nesse novo mundo, você deve explorar diversas regiões, conhecer personagens e descobrir culturas distintas, tudo isso enquanto busca e coleciona seus Looks Milagrosos, que são roupas que concedem habilidades especiais a ela como, por exemplo, flutuar, planar com uma flor gigante, encolher e disparar magias de purificação.
O jogo é basicamente uma mistura de Breath of the Wild, Genshin Impact e algum jogo mobile de moda (como Covet Fashion, por exemplo). Sua função básica aqui é explorar, conhecer pessoas, realizar missões e avançar na história em busca de roupas cada vez mais diferentes. Os gráficos trazem uma beleza a parte, com também um estilo Genshin e BOTW, ele surpreende e imerge você nesse mundo mágico, com flores e animais com nomes diferentes e cada um mais fofo do que o outro.
Mas o maior defeito do jogo também vem da sua inspiração asiática Genshin Impact, o uso excessivo de telas UI e mecânicas gacha. Você desbloqueia croquis de roupas na jornada, libera elas em um menu, fabrica elas em outro com itens que você encontra pelo jogo e veste sua personagem em outro menu. Além disso, há missões da história, missões específicas dentro de outros menus, um espaço para ver as evoluções das roupas, um lugar para um ‘passe de batalha’ com itens cosméticos desbloqueáveis, itens resgatáveis ao subir de nível, missões diárias que também garantem moeda do jogo, moeda essa que junto de uma moeda que pode ser comprada com dinheiro de verdade pode ser usadas em uma grande loja, além de um lugar para usar um cristal e garantir peças de roupas aleatórias em um gacha. Parece muita coisa, e é. E para quem tem problemas em ver ícones de notificação sem conseguir tirá-los (como eu), é realmente um problema navegar por tudo isso antes de realmente se divertir com o jogo que é sim divertido.
Infinity Nikki precisava ser um pouco menos oriental nesses detalhes para realmente alcançar o mundo todo como está tentando, mas sem dúvida terá seu apelo para muitos jogadores que buscam essa aventura casual, explorativa e divertida em um mundo belo, mágico e recheado de itens e coisas a serem descobertas. Com uma trilha sonora que remonta de outros jogos do gênero, sem fazer feio, e com o preço convidativo de zero reais para se aventurar, pode ser uma ótima pedida e uma ótima tentativa. Se você conseguir deixar as diversas mecânicas exploratórias e bagunçadas do menu de lado, pode ser uma aventura bastante divertida para você.
[Nota do Editor: Infinity Nikki foi analisado a partir da sua versão para PC. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Renaissance PR para avaliação.]