Mary O’Kart | A drag queen gamer que trouxe a potência da nostalgia em looks icônicos

A arte de Mary O’Kart não está apenas nos saltos e nos sorrisos: é flamejante na paixão por games, e especialmente Nintendo. A drag queen de Brighton virou notícia internacional quando a Nintendo a celebrizou em suas redes oficiais, com destaque para seu cosplay da temida “Blue Shell”. Essa homenagem ao item mais infame da franquia chegou ao ponto de render-lhe um lugar no especial “Top 10 Cosplays de Mario Kart” da Nintendo Life, elegida como uma das mais criativas e surpreendentes da lista.

Por trás da glória drag, está Harry Cashell, um ex-dançarino de cruzeiro que se reinventou nos palcos em 2020, quando se mudou para Brighton com 32 anos. Desde então, transformou seu amor por games em arte performática. “Drag era tudo o que eu amava: os figurinos, as perucas, o brilho e, claro, o camp. Amo tanto games quanto drag, então percebi que isso daria algo muito meu”, declarou ao site PinkNews. E a paixão é genuína: com tatuagens de Mario e Pokémon espalhadas pelo corpo, Mary carrega seu fandom com orgulho e autenticidade.

Se no mundo gamer a “Blue Shell” simboliza vingança instantânea, no universo de Mary ela virou fantasia e personalidade. A roupa, desenhada por ela e executada pelo designer Dannie Aston (com peruca da Wig_bakery), brilhou como peça central na seleção da Nintendo Life e se tornou viral entre fãs de cosplay. Não satisfeita, ela também fez um look que traz a famosa pista Rainbow Road, se vestiu de Mario em vestido vermelho-azul com chapéu marcante, e ate mesmo Bowser, diferentes Pokémon e a Piranha Plant já serviram de inspiração para suas roupas, cada look carregando identidade própria e referências ao universo Nintendo.

Mais do que visual, Mary O’Kart representa a potência da cultura queer dentro dos videogames. Sua persona une o lúdico dos jogos com a performatividade do drag: ambos universos feitos para ganhar vida nos holofotes. Suas criações inspiram tanto gamers quanto entusiastas LGBTQ+, numa mensagem clara: a cultura pop é casa, e reinventar tendências por meio da arte é uma forma de resistir e de se divertir.

Em resumo: Mary O’Kart é a drag que transforma a nossa nostalgia e nosso amor gamer em looks memoráveis e performance pura. Sua visibilidade pela Nintendo abre caminho para outras artistas queer apoderadas dos pixels e dos palcos e nos lembra que o fandom vale mais quando se veste de glitter e se move com estilo.

Autor /

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.

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