Review | Stilt

Um mundo de plataforma como clássicos do gênero em VR, essa é a premissa básica de Stilt, desenvolvido pela Rekt Games e VRKiwi. O conceito aqui é simples, você tem molas como pés (e braços, praticamente, já que usa os controles de VR para controlar essas molas) e pulando nos terrenos de cada fase deve juntos os selos que caíram do seu ônibus de correio espacial após o ataque de um ser alienígena gigante com tentáculos. E assim começa sua aventura por esse mundo colorido dentro do universo de realidade virtual.

O jogo, que lança dia 8 de março para PlayStation VR 2, Steam e Meta’s App Lab, traz tudo o que há de melhor em jogos do gênero, fases coloridas e desafiantes, inimigos, obstáculos, passagens secretas, itens colecionáveis, power ups, quebra-cabeças, além de também ter modos multiplayer para competir online com outros jogadores. O jogo tem pontos interessantes, o mundo criado é bem feito mesmo que um tanto genérico, e mesmo que os inimigos não tenham muita personalidade, o personagem principal e o vilão principal tem, o que ajuda a alavancar um pouco o carisma para o game.

A mecânica de movimentação em Stilt é toda baseada em usar suas mãos de mola para pular pelo ambiente e pelas plataformas e nisso o jogo se destaca muito. Uma das coisas que me tiram da imersão em muitos jogos VR que necessitam você andar por um mapa virtual é precisar andar pelo mapa com o analógico e sem a necessidade disso o jogo te coloca dentro desse universo muito mais fácil. Aqui você usa sua propulsão de mãos para pular alto com as molas e direciona com o analógico apenas, não precisa andar com ele.

No entanto, um de seus pontos fracos é infelizmente seu gênero. A execução precisa de pulos em plataformas em um jogo de realidade virtual em primeira pessoa é muito mais complicada do que em um jogo 3D no controle. E se você sair do mapa, cair na água, é game over na hora, sem direito a perder um de seus corações como quando um inimigo te ataca, e você deve escolher entre voltar no começo ou gastar uma quantidade de seus selos coletados para voltar de onde morreu. E você vai morrer muito, o que é um pouco frustrante com essa necessidade de gastar selos ou voltar ao começo.

Sabe aquele jogo que você torce para ganhar um pouco de sucesso para a empresa fazer uma sequência melhor? Essa é a sensação que tive com Stilt, é um jogo bom, mas que sem dúvida teria uma sequência bem melhor trabalhada com uma boa recepção dele. Se você gosta do gênero e busca um jogo casual para ficar pulando em montanhas e coletando itens, Stilt é para você. Há muito aqui com o que se divertir, mas para mim só faltou aquele pulo ainda maior, sabe?

Stilt
Veredito
Um jogo com uma boa ideia para o VR, mas uma execução que precisava melhorar, principalmente onde seu maior defeito é seu gênero e a execução dele. Mas não deixa de ser uma boa diversão.
História/Conceito
86
Gameplay
65
Diversão
75
Design
70
Som/Trilha
75
Prós
Uma boa ideia de utilização do VR
Colecionáveis
Jogo bem trabalhado
Modos multiplayer
Contras
Precisão aqui é muito difícil
Inimigos sem carisma
Muito simples
74

[Nota do Editor: Stilt foi analisado a partir da sua versão para PlayStation VR2. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Wholesome Games para avaliação.]

Autor /

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.

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