Review | Ikkarus and the Prince of Sin
Não me entenda mal, eu gosto de visual novels. Só acho que além das escolhas e da história o jogo precisa ter algo além para te manter entretido pelo tempo de jogatina. Ikkarus and the Prince of Sin, desenvolvido pela Witz Games e publicado pela eastasiasoft, parecia trazer esse ‘algo a mais’ a jogos visual novel simples com temáticas LGBTQ+ em mundo de fantasias. De certo modo era, mas sobre a parte de melhorar a gameplay e te manter entretido, eu estava divinamente enganado.
Ikkarus and the Prince of Sin é um romance visual de aventura e fantasia yaoi em que você deve gerenciar sua rotina diária, viajar pela terra, aceitar missões secundárias, perseguir três opções de romance possíveis, descobrir seis finais únicos e desbloquear cenas especiais em CG conforme você avança. A experiência pode ser ainda mais personalizada escolhendo entre configurações de dificuldade focadas na história ou no desafio do jogo, o que já é uma boa diferença para com outros jogos competidores do gênero.
Infelizmente, sua gameplay de combate, missoes, viagens e moeda é simplista demais para trazer uma emoção a mais a uma partida. E a introdução destes deixam a história ainda menor do que já temos de costume em jogos semelhantes. É muito pouco tempo e interação para entender e se sentir íntimo de qualquer um dos três solteiros disponíveis, Damian, Orakh e Zistran, e até mesmo pelo protagonista. Acredito que se a história fosse mais desenvolvida e o sistema de evolução e batalhas não fosse tão limitante, poderia ser um jogo para ter o mínimo de sorrisos no rosto.
O sistema de evolução traz você para lutar contra quatro inimigos diferentes de níveis progressivamente maiores, mas a batalha é um simples ‘jokenpô’. Entre magia, ataque e defesa, você deve escolher uma carta e pela sorte poderá ganhar da carta mais fraca do seu inimigo. Há probabilidades de uso das cartas pelos inimigos, mas elas ficam menos aparentes em níveis mais difíceis do jogo, que aumentando a dificuldade, aumentando a variabilidade e sorte das cartas escolhidas pelos inimigos. É possível melhorar seu escudo também se necessário.
E com essas lutas diárias – uma por dia apenas – você deve juntar dinheiro para concluir o objetivo do jogo enquanto conhece os pretendentes que irão te ajudar no seu bar e aventura, até desbloquear um dos seis finais diferentes, que são relativamente ‘nada demais’ para o que o jogo promete. É um jogo simples, com uma história rasa, que fica ainda mais curto devido ao combate também simplista. É um jogo para fechar em poucas horas e passar para o próximo sem infelizmente lembrar nem mesmo dos músculos verdes de Orakh.
[Nota do Editor: Ikkarus and the Prince of Sin foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela eastasiasoft para avaliação.]