Review | Hades

Assim como eu, muitos jogadores, têm aquela impressão que há gêneros de jogos que você não gosta, que não são para você, e se você também é assim você sabe que também tem aquele “um” jogo desse tal gênero que te faz repensar esse seu não-gostar.

Esse é o caso de Hades. Um jogo incrível da Supergiant Games, premiado e aclamado pela crítica e por jogadores de todo o tipo, que realmente me fez repensar se eu não gostava mesmo de roguelike, ou se só até hoje nenhum roguelike fez me apaixonar tanto pelo game como este.

Hades foi lançado em dezembro de 2018 e em agosto de 2021 chegou ao GamePass, e mesmo assim eu ainda demorei a dar uma chance ao jogo, mesmo sabendo da aclamação e de que todos falavam o quão bom era o jogo. Me arrependi de não testar antes, pois ele realmente vale suas boas críticas. Hades é um jogão! No melhor sentido da expressão. E vale muito a experiência.

O Submundo de Hades

Por mais que o nome seja de Hades, você é na verdade o filho do deus do submundo, Zagreus, que tenta fugir do reino de seu pai e no caminho encontra diversos desafios e câmaras geradas proceduralmente cada vez mais desafiadoras e recheadas de obstáculos e inimigos a vencer. A seleção de armas e upgrades também é vasta e interessante e configura uma gameplay, a cada vez que você tenta fugir do submundo, diferente e frenética.

A sua relação com os personagens também vai progredindo com a história, durante sua fuga é possível conseguir (e escolher entre) diversos poderes que seus parentes deuses te dão como uma forcinha para te ajudar na sua jornada de escapada. E cada vez que você ativa tais poderes consegue melhorar sua relação com personagens como Zeus, Poseidon, Afrodite e até Caos e o próprio deus da morte, Thanatos – que é uma relação bem peculiar e importante (leia mais sobre isso nesta coluna). Outros upgrades também estão presentes durante sua jornada, podendo aumentar a vida, dar mais moedas, chaves e gemas para trocar por melhorias permanentes.

Cada vez que você sai para sua tentativa de fuga um caminho é gerado proceduralmente tornando o jogo sempre interessante e novo, uma estrutura já presente em muitos rogue-like’s que aqui é elevada ao melhor que há no gênero, com desafios e caminhos, dificultados pelo seu próprio pai, cada vez mais magnéticos e excitantes.

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A Fuga de Zagreus

Um jogabilidade simples em um conteúdo complexo e uma lore incrível recheada de nuances, esse é basicamente um resumo de Hades. É um jogo que apresenta muito, com um conceito simples, expandido para uma mitologia já vasta. E é um jogo deliciosamente divertido. Diferente do marasmo e cansaço que muitos rogue-like já me trouxeram, Hades consegue ser uma novidade e uma aventura incrível a cada jogada.

Você se delicia ao andar pelas câmaras do submundo esperando o que pode vir a seguir, como você pode melhorar suas habilidades, pegando experiência e melhorando suas armas, conhecendo seus parentes deuses e os personagens mais interessantes do Olimpo grego. Durante sua jornada você visita três áreas do submundo: TártaroAsfódelos e Elysium, e cada uma tem suas peculiaridades, seus inimigos e obstáculos a enfrentar. E voce não se cansa nenhum pouco, cada área traz novidades a jogabilidade e a sua jornada que a fazem distintas umas das outras.

Os chefões que você encontra também são um espetáculo a parte. Nomes conhecidos (e nem tão conhecidos) da mitologia vão tentar a todo custo te derrotar e as interações após a vitória ou derrota vão te fazer mergulhar ainda mais nesse jogo e em todas as relações e histórias que ele traz.

A Odisséia Grega

Persista. Insista. Não desista. Zagreus pode ter desistido de continuar no reino de seu pai Hades, mas o caminho até a fuga é árduo, longo, por vezes enraivecedor, mas muito (muito!) recompensador e divertido. Não é a toa toda aclamação que o jogo recebeu, sua arte é incrível, sua trilha sonora e dublagem estão perfeitas, sua história é mágica e sua gameplay viciantemente deliciosa. Hades, sem dúvidas, é uma das mais incríveis experiencias em jogos que já tive a oportunidade de conhecer.

Review | Hades
Veredito
Hades alia uma mitologia incrível em um gameplay de tirar o fôlego, tornando este um dos games mais necessários e bem trabalhados feitos nos últimos anos.
História/Conceito
10
Gameplay
10
Diversão
10
Design
10
Som/Trilha
10
Prós
Gameplay intuitiva e espetacularmente bem feita
Mitologia de fundo bem trabalhada
Personagens carismáticos
História interessante
Progressão de dificuldade e upgrades bem feita
Contras
10
Dos deuses!

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[Nota do Editor: Hades foi analisado a partir da sua versão para Windows e Xbox pelo Game Pass]

Neto Verneque

Autor /

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.

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