Pansexual, Pistola e Pixelado | A história de Deadpool nos videogames
Com a chegada de Deadpool VR em novembro deste ano, a pergunta vem que a gente se faz é: como foi a trajetória desse anti-herói queer nos videogames? O Mercenário Tagarela pode ser sinônimo de piadas de quinta série e quebra de quarta parede, mas sua presença é muito mais significativa (e instável) do que parece. Inclusive no cenário LGBTQ+.
Criado nos quadrinhos como uma paródia de tudo e todos, Wade Wilson sempre desafiou rótulos. Nos quadrinhos, sua pansexualidade foi confirmada por autores como Gerry Duggan e Fabian Nicieza, e mesmo que o cinema tenha flertado levemente com essa faceta (olá, Colossus 👀), é no exagero dos jogos que seu lado caótico queer encontra solo fértil fora dos quadrinhos.
O jogo solo perdido no tempo
Em 2013, o anti-herói ganhou um jogo só dele: Deadpool: The Game, desenvolvido pela High Moon Studios e publicado pela Activision. Misturando ação em terceira pessoa com muito metacomentário e quebra da quarta parede, o game é um delírio que carrega o espírito debochado do personagem.
Só tem um porém: o jogo não está mais à venda em nenhuma loja digital, já que perdeu sua licença. Ele foi removido do Steam, da PlayStation Store e da Xbox Live, se tornando uma espécie de relíquia cult do caos, algo bem apropriado, não?
Aventuras entre cameos e crossovers
Fora seu game solo, Deadpool já apareceu em diversos outras títulos:
- Como personagem jogável em Marvel: Ultimate Alliance
- Em LEGO Marvel Super Heroes, com direito a missões hilárias
- No competitivo Marvel vs. Capcom 3, onde ele literalmente arranca a barra de vida do oponente
- E até como skin e NPC em Fortnite, onde sua presença virou meme (como sempre)
E agora, com o anúncio de Deadpool VR, uma experiência que promete colocar o jogador literalmente na pele (e nas piadas) de Wade, o personagem retorna aos holofotes dos games em grande estilo. A expectativa é de uma experiência intensa, interativa, imersiva e, com sorte, um pouco mais aberta em relação à sua identidade queer.
A importância de um anti-herói queer no mainstream
Mesmo com toda sua zoeira, Deadpool tem um papel simbólico importante. Ele é um personagem de alcance global, que existe fora das normas, inclusive da sexualidade padrão, e ainda assim conquista multidões. Para muita gente LGBTQ+, essa fluidez, essa liberdade e esse “não me encaixo, e daí?” é mais que uma piada: é uma forma de identificação.
Deadpool VR, o novo jogo em realidade virtual protagonizado pelo mercenário tagarela, chega em 18 de novembro de 2025 para Meta Quest 3 e 3s.