Review | Kao the Kangaroo

Kao the Kangaroo é um novo jogo plataforma 3D da Tate Multimedia, da trilogia original da Titus Interactive dos anos 2000. 22 anos após a primeira iteração do jogo, que foi fruto do boom de 3D dos anos dourados de PlayStation e Nintendo 64, Kao the Kangaroo não faz feio, apresenta um belo mundo, e uma proposta interessante, mas que acaba sofrendo de um mal que muitos outros jogos do gênero também sofrem: se tornam genéricos.

Um Canguru Pugilista

Kao é um canguru em um mundo de colorido e mágico de animais antropomórficos, que parte em uma jornada para procurar sua irmã desaparecida, Kaia, e descobrir o segredo de seu pai há muito tempo desaparecido, Koby. Para fazer isso, ele deve com suas luvas mágicas herdadas de seu pai lutar contra os famosos “mestres de luta” que estão sendo influenciados por um poder sombrio e, finalmente, enfrentar o poderoso Guerreiro Eterno que ameaça o equilíbrio do mundo.

E com essa premissa básica, é hora de sair por mundos e biomas diferentes juntando moedas, letras e pergaminhos perdidos, enfrentando inimigos, encontrando power-ups e pulando muitas plataformas! A apresentação do jogo está muito bem feita, os detalhes gráficos, a dublagem e a ambientação te colocam no mundo de Kao e fazem você querer se aventurar por ali.

E um vasto mundo genérico

Apesar de ser um belo jogo plataforma, com um bom universo criado, Kao the Kangaroo sofre do mesmo mal que jogos como o incrível New Super Lucky’s Tale e Yooka Laylee sofrem, na minha opinião, falta de identidade que fazem com que os jogos se tornem genéricos. Mesmo com diversos colecionáveis, biomas diferentes e power-ups e inimigos cada vez mais desafiadores, tudo parece ser mais do mesmo, sem muita inovação da fórmula.

Filho do boom dos jogos plataformas 3D que chegou com Super Mario 64, Kao é um bom jogo com a fórmula básica, mas não vai além dela e por isso, diferente de Mario Odyssey e jogos antigos de Crash Bandicoot, não consegue evoluir a ponto de se tornar algo além. Cai na malha genérica de tantos outros jogos do gênero que também são muito bem feitos, mas são apenas mal temperados sabe. Algo interessante e divertido, mas não épico.

Além de alguns problemas decorrentes no jogo como uma câmera que por vezes mais atrapalha que ajuda e uma trilha sonora sutil e também genérica que por vezes decide não mais aparecer e deixa o jogo somente com silêncio e efeitos sonoros, Kao pode te trazer diversão, mesmo que após finalizá-lo você não mais lembre da carinha fofa desse canguru.

Conclusão

Para fãs do gênero, não deixa de ser uma ótima pedida, mas não venha esperando um marco da indústria ou algo super revolucionário. Kao the Kangaroo é um ótimo jogo de plataforma 3D para passar o tempo, relembrar a nostalgia dos clássicos de N64 e PS, mas nada além do que um bom passeio divertido em um mundo mágico de plataforma.

Kao the Kangaroo
Veredito
História/Conceito
7
Gameplay
8
Diversão
8
Design
7.5
Som/Trilha
6
Prós
Um bom e divertido jogo plataforma
Power ups interessantes
Um level design ok
Contras
Não traz muita evolução e novidade ao gênero
Falta carisma
Música por vezes para de tocar
7.3

[Nota do Editor: Kao the Kangaroo foi analisado a partir da sua versão para Xbox Series S. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Press Engine para avaliação.]

Neto Verneque

Autor /

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.

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