Saints Row | Diretor criativo explica porque a série valoriza tanto a customização e expressão do jogador

Saints Row traz, desde que o segundo jogo da franquia, a opção do jogador escolher a voz e corpo de seu personagem, e desde então o sistema melhorou e permitiu cada vez mais uma personalização única, inclusiva e que possibilitasse a auto-expressão. A identidade sempre desempenhou um componente importante nos videogames, particularmente nos jogos de RPG.

Para os jogadores queer, a personalização de personagens simboliza um espaço seguro, que talvez eles não consigam encontrar em sua vida cotidiana, e os jogos RPG sempre teve nos criadores de personagem uma chance de explorar e mergulhar na identidade e gênero.

Brian Traficante, diretor criativo da Volition, reforçou a importância dessas possibilidades sempre presentes na série Saints Row:

“Um dos nossos pilares para Saints Row é a autoexpressão. Oferecemos várias maneiras de os jogadores escolherem como se representar no jogo. É algo que se tornou especial para nós e ao longo da franquia tivemos muita positividade sobre esses recursos. […] Assim como os jogadores que amamos, nosso chefe pode ser o que quisermos, exatamente como eu sou ou qualquer outra coisa que eu possa pensar. É o empoderamento que queremos que nossos jogos forneçam aos jogadores.”
Brian Traficante, diretor criativo da Volition
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Saints Row envolve crime, gangues e violência e jogos com tais temas, e protagonistas de jogos em geral, tendem a ser homens, brancos e cis, o que vem (a passos lentos) mudando atualmente, com muito mais mulheres protagonistas, a exemplo de GTA VI que já confirmou o protagonismo feminino no jogo. No entanto, muitos ainda são distintamente brancos, cis e heterossexuais, e com um criador de personagem tão variado como Saints Row apresenta, o público de videogames que é extremamente variado e abrangente pode se sentir mais incluído.

Mas a mudança está sendo feita, e o que funcionou no passado está sendo reformulado para o futuro – com novas tecnologias, públicos e desenvolvedores chegando. Com tantas saídas diferentes, Traficante explica que o feedback sobre o que fazer para expandir Saints Row tem sido útil para expandir as bases que a Volition já possui.

“Nós ouvimos nossos fãs e comunidade de perto. Também pesquisamos internamente, discutimos e colaboramos com ideias e pensamentos (…) Também temos grandes parceiros com nossos grupos editoriais Plaion e Embracer.”
Brian Traficante, diretor criativo da Volition
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Traficante disse ao site Gayming Magazine que eles querem que todas as pessoas encontrem uma maneira de se conectar via personalização, e a equipe se esforçou para incluir “forte diversidade” nas opções para ser o mais “inclusivo possível”.

“Em particular, discutimos mais variedade em cabelos étnicos, turbantes e recebemos feedback prévio sobre cicatrizes corporais com as quais nos alinhamos. Tudo isso ainda está em discussão, o que e quando, mas nosso objetivo aqui é continuar a aumentar a capacidade de nossa customização para oferecer suporte a um amplo espectro de maneiras pelas quais as pessoas podem se sentir representadas, criar o chefe mais preciso para se expressar da maneira que puderem.”
[…]
“Este é um novo começo para Saints Row e nossa customização. […] Esta é a linha de partida para nós. Nossa ambição é ir muito mais longe e continuar sendo a melhor customização em jogos. Mal podemos esperar para compartilhar o que virá a seguir para Saints Row!”
Brian Traficante, diretor criativo da Volition
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Saints Row estará disponível para PC na Epic Games Store, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S e Google Stadia.

Fonte: Gayming Mag

Neto Verneque

Autor /

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.

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